Na manhã da última sexta-feira, 19, os integrantes do Grupo de Gestão de Crises e Conflitos (GGCC) da Polícia Militar realizaram visita técnica ao município de Cumbe, a fim de dialogar com liderança e ocupantes de propriedade rural para tratar sobre ações da PM frente à demanda judicial de mandado de cumprimento de reintegração de posse.
O encontro ocorreu por volta das 9h na Fazenda, atualmente ocupada por integrantes do Movimento Sem Terra (MST) da regional de Cumbe, contando com a presença dos policiais do GGCC, da liderança do MST regional e de uma média de 20 ocupantes da propriedade.
O Capitão Marcos Rocha, coordenador do GGCC, inicialmente destacou que a ação do grupo frente aos movimentos sociais e às demandas judiciais, e explicou as etapas a serem executadas pelo GGCC para o efetivo cumprimento do mandado de reintegração de posse.
“O diálogo com os movimentos sociais é sempre aberto, claro e transparente. A Polícia Militar respeita o Movimento Sem Terra e também obedece à Justiça, de modo a buscar uma solução pacífica dos conflitos envolvendo a posse da terra. Através desse diálogo, nós buscamos também trabalhar com bom senso, mantendo uma boa interação com os movimentos que nos recepcionam com disposição e tranqüilidade, com o objetivo de alcançar bons resultados também”, destacou o Capitão PM Marcos Rocha.
Durante a reunião os policiais apresentaram a data de 31 de agosto como o prazo de saída voluntária dos ocupantes da propriedade que deve ser deliberado pelo movimento através das estratégias que pretendem adotar.
O coordenador do MST regional agradeceu a transparência do diálogo desenvolvido pelos integrantes do GGCC e destacou que o movimento não pretende confrontar a Polícia Militar porque entende que todos são trabalhadores agindo cada um em sua responsabilidade e luta, destacando que os ocupantes permanecerão em busca de uma nova decisão judicial que seja favorável ao movimento.
A reunião foi finalizada por volta das 11h40 com as palavras do Capitão PM Marcos Rocha esclarecendo que a PM não possui qualquer interesse na propriedade, a não ser o de cumprir a decisão judicial e que a Instituição está disposta ao diálogo de forma a buscar uma solução favorável para as partes envolvidas.
Fonte: PM/SE