16 de março.
Nesse dia de 1990 Fernando Collor confiscou a poupança dos brasileiros. Apenas um dia após a posse, o primeiro presidente eleito por voto popular com a redemocratização do país deu seu primeiro passo para o Impeachment. O Plano Brasil Novo trouxe hiperinflação e jogou o Brasil na maior recessão econômica do pós-guerra.
Os jovens pintaram as caras e foram as ruas pedindo a saída do “caçador de marajás” das Alagoas.
Havia oposição no Congresso. Collor caiu. Depois voltou. A democracia não é perfeita.
Nesse mesmo dia de 2016 a História do país tem outra reviravolta. A Presidente nomeia um antecessor denunciado e investigado por corrupção. Dilma Presidente, Lula na Casa Civil. Lula Presidente, Dilma na Casa Civil. Pensou-se que o ciclo seria mantido. Enganaram-se.
O Poder Judiciário agiu. Usou da mesma ferramenta do Executivo. Legalmente. Os áudios tornaram-se domínio público. A estratégia de salvação transformou-se no caminho da danação.
Não temos oposição no Congresso. Não temos um político substituto. São incompetentes e sujos com a mesma lama jogada diariamente no ventilador pela Lava-Jato, e que volta na cara do brasileiro.
Hoje a oposição é o povo. Mas o povo ainda se divide em defensores e acusadores. Justifica um roubo pelo outro. O povo não sabe que o poder emana do povo. Continuamos sem oposição, povo.
As ofensas à República e ao Republicanismo feitas por Lula encurtaram o Governo Dilma.
A vaidade matou o PT.
Tudo é questão de tempo, contado a partir de hoje, mais um 16 de março no Brasil.