O Sindicato dos Servidores Públicos de Nossa Senhora da Glória (SINDISERVE Glória) vem a público, por meio desta nota, expressar o seu repúdio contra a falta de saúde pública de qualidade e da efetividade das políticas públicas para as mulheres no Estado de Sergipe e também a sua solidariedade ao movimento “Mulheres de Peito”, que tem lutado diariamente por políticas públicas e tratamento de qualidade em todas as áreas da saúde pública, mas especialmente àquelas voltadas ao tratamento do câncer de mama.
Na última segunda (09) o assunto foi tema de entrevista envolvendo a gloriense e integrante do movimento, Aelça Ribeiro, no programa “A Voz do Servidor”, que é dirigido pela equipe do SINDISERVE na rádio comunitária FM Boca da Mata. Na ocasião, Aelça desabafou sobre a situação que ela e outras vítimas da doença têm convivido no Hospital de Urgência de Sergipe (HUSE) com a falta de medicamentos para o processo de quimioterapia.
Fundado em 17 de novembro de 2014, o movimento composto por mais de 180 mulheres e um homem tem convivido com esse problema não somente no Huse, mas também em outras unidades hospitalares, a exemplo do Hospital de Cirurgia, que constantemente interrompe a oferta do tratamento por conta da quebra na máquina de radioterapia.
A situação se torna ainda mais crítica quando analisamos os dados informados pelo Instituto Nacional de Câncer (INCA), os quais expõem que, somente em Sergipe, foram registrados aproximadamente 450 casos de câncer de mama em mulheres durante o ano de 2016, sendo que destes, 230 foram em Aracaju.
Tal problemática e as estatísticas da doença demonstram o quanto o Governo de Sergipe é falho quando o assunto é saúde pública e política pública de atenção à saúde das mulheres, ao ponto de deixarem-nas com suas vidas a mercê do destino.
Atenciosamente,
Diretoria Executiva do Sindiserve Glória