Em uma terra não tão distante – que até já serviu de cenário para uma drama global, a disputa pelo reinado é contínua. E dessa vez toma proporções tão previsíveis que acabam por parecerem significantes. Se de novo os súditos de Caninde Del San Francisco imaginaram que chegariam a ver uma nobre batalha pela sua posse, eis que o apresentado a corte é totalmente ao contrário do esperado. Seus postulantes, ao invés de darem ao povo a oportunidade do confronto, já negociaram o resultado do combate.
Dessa combinação com ar de manipulação pode sair a próxima majestade. Ou melhor, deve sair…
Enquanto a população anda ocupada com a tarefa de sobreviver (a seca, a crise, a vida), acordos às caladas são feitos no palácio. Quase ninguém sabe deles. Muitos presumem. Um destes, quem vos escreve presumiu.
Tidos como arquirrivais declarados, ex-Rei e seu sucessor firmaram parceria. De olho em um algo maior, o rei atual já explorou todas as riquezas do reino, que mesmo devastado interessa ao ex-Rei, pois este aparenta ter uma única razão em seu restante de vida: tirar o “Ex” de seu título, custando o que custar. O preço, dessa vez, e pelo que se sabe, é abrir mão da pouca coerência que lhe resta e cessar fogo ao seu principal alvo. Feito isso, lhe restaria apoiar o objetivo alheio.
Contradição pura, explícita, vergonhosa. Que do povo, o faz de bobo da corte. Ou nem isso…
Fabulacões à parte, este post descreve, de forma fictícia, realidades vistas, mas pouco comentadas. Mais ou menos o que sugere o título, um toma lá da cá.