Sintese diz que filiados têm acesso às contas


- 22 de outubro de 2015 | - 10:14 - - Home »

Presidente diz que grupo de oposição quer enfraquecer luta

“Esse grupo tem a lógica de quanto pior, melhor, porque dividir categoria e colocar a sociedade contra o sindicato que tem credibilidade não só no estado de Sergipe, mas no Brasil e no mundo, é no mínimo para fragilizar a luta dos professores”. O entendimento é da presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação no Estado de Sergipe (Sintese), Ângela Melo ao se referir às denúncias feitas por ex-dirigentes dando conta de que ‘o sindicato não disponibilizou a prestação de contas e nem respondeu ao ofício solicitado por cerca de 150 professores’.

Segundo Ângela Nunes, no final de setembro quando estavam terminando a preparação do congresso realizado pelo sindicato, os dirigentes receberam um abaixo-assinado com cerca de 150 assinaturas, de um grupo de oposição ao Sintese, dentre eles, dois ex-dirigentes, Francisco Andrade e Neilton Diniz, solicitando em 10 dias, a prestação de contas da entidade nos últimos 15 anos.

E destaca a posição do Sintese

“Quando estávamos preparando a resposta aos professores que solicitaram a prestação de contas, fomos surpreendidos com o grupo fazendo denúncias na imprensa. A direção do Sintese decidiu que as questões do Sintese nós falamos nos espaços e nos fóruns da entidade, mas como o assunto foi para a imprensa, estamos colocando a disposição dos filiados e dos profissionais da imprensa, a contabilidade desde 2010”, ressalta acrescentando que tem o cuidado no trato com os recursos da entidade, que vêm de uma contribuição voluntária do filiado e de uma parcela do imposto sindical, da qual o Sintese é contra.

Acesso

“Querem enfraquecer a nossa luta”, diz Ângela Melo

Ângela Melo garantiu que o filiado tem acesso aos serviços oferecidos pela entidade, o direito de requerer o que está dentro do estatuto e de utilizar as dependências do sindicato. “O entendimento do Sintese é de que a solicitação é desproposital porque solicita as contas, xerox por xerox de tudo que a gente utiliza de conta de água, luz, telefone, pagamento de funcionários todos os tipos de serviços dos últimos 15 anos, quando a legislação preconiza cinco anos. O outro ponto é a quantidade de cópias dos balancetes. Teríamos que ter caminhões e caminhões de papéis para entregar a oposição. Tem dois membros desse grupo que já foram dirigentes por seis anos e assinaram as prestações de contas, que fazemos duas vezes por ano, temos certidões negativas e esses dois membros, estavam nas reuniões e aprovaram”, destaca.

E completa: “Entendemos que as contas do Sintese são supervitadas pois quando começamos a receber os recursos do imposto sindical, nós triplicamos a aquisição patrimonial do sindicato e os recursos tem um objetivo: a luta. Os recursos do imposto sindical, são para a aquisição do patrimônio, temos seis sub-sedes e fizemos aquisição e reforma em municípios como Neopolis, Estância, Lagarto, além da aquisição de uma casa terreno na rua Duque de Caxias, aonde vamos contruir um auditório que é o sonho da categoria. Não podemos oferecer aos nossos filiados, um atendimento sem qualidade, sem espaço”, enfatiza.

Eleições

A sindicalista acredita que as denúncias estão sendo feitas em virtude do processo eleitoral para a escolha do seu sucessor. “A oposição é saudável, é legal, é bem vinda e um grupo faz uma peregrinação às emissoras de rádio, alegando não ter acesso aos documentos, o que não é verdade. Querem fragilizar o Sintese com objetivos puramente eleitorais. A posição do Sintese é colocar toda a contabilidade de 2010 pra cá, os livros em série, as nossas certidões negativas a disposição de qualquer filiado, do grupo, da imprensa. Não vamos fazer nenhum debate público sobre esse assunto. O debate público que interessa aos professores são as condições de trabalho, a valorização profissional, o reajuste do Piso Salarial, a dignidade profissional. Fazemos qualquer debate nas instâncias desse sindicato, nas assembleias, tivemos um congresso agora e o grupo não estava no congresso para discutir o assunto”, conclui.

Grupo

O ex-dirigente do Sintese e um dos denunciantes, Francisco Andrade, informou que até hoje, os cerca de 150 professores que assinaram o documento solicitando a prestação de contas não receberam qualquer informação. “De posse das assinaturas dos professores filiados, oficializamos o Sintese, dando prazo de dez dias para que nos enviasse uma resposta se iam disponibilizar as contas ou não, mas até agora a única resposta foi do diretor executivo de base, Roberto Silva, pelo watsApp dizendo que não íam prestar contas a oposição, mas aos filiados, não sabendo que todos que assinaram são filiados. Em nove anos que passamos na direção, nunca aprovamos prestação de contas, mas balancetes, o que é diferente, não estamos cobrando balancetes, mas a cópia dos documentos”, diz confirmando que participará do processo eleitoral para a presidência do Sintese em 2016.

Para Francisco Andrade, o que enfraquece a luta do sindicato são as posições tomadas pela atual gestão. “Nós estamos cobrando transparência, com a certeza de que o que enfraquece a luta e deixa os professores desacreditados, são atitudes de uma direção que age de acordo com o Governo do Estado, prejudicando a categoria, como fez na aprovação das leis 230 [visando o Piso só para nível médio e dando ao Governo carta branca para a lei complementar] e a lei 250, atrelando o Piso à Lei de Responsabilidade Fiscal. Isso fez com que eu e Neilton nos afastássemos da direção de um sindicato que defende projetos do Governo juntamente e é isso que está desencadeando a falta de confiança”, acredita.

Por Aldaci de Souza

Por: Paulo Pereira
Repórter do Programa Fala Sertão da FM Boca da Mata, Repórter da Rio FM e Diretor Executivo do Portal Mais Sertão. Radialista: DRT 5.1149/SP SINAJ: 06/17
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