O deputado Luciano Pimentel (PSB), lamentou na sessão desta quinta-feira, 21, a não liberação por parte da Secretaria de Estado da Saúde (SES), de um medicamento essencial para que uma senhora não venha a perder a visão.

Segundo o parlamentar, cansada de aguardar, a mulher conseguiu com a ajuda de familiares e amigos, iniciar o tratamento oftalmológico, de forma particular. E com isso, a Secretaria da Saúde alegou que somente poderia liberar a medicação se o tratamento estivesse sendo feito por meio do serviço público.

“Venho mais uma vez mostrar a minha indignação com a Secretaria de Estado da Saúde, quanto ao problema enfrentado há alguns meses por uma senhora que estava prestes a perder a visão por conta de um medicamento que a mesma não tinha condições de adquirir. Ela deu entrada na Secretaria da Saúde, mas como não conseguiu o remédio, recorreu aos familiares e aos amigos, que se uniram a ajudaram para que pudesse iniciar o tratamento”, relata.

O parlamentar informou que 94 dias após ter dado entrada na documentação solicitando a liberação do medicamento, recebeu um telefonema na última quarta-feira, 21, que a deixou desolada.

“Após 94 dias, a senhora recebeu uma ligação telefônica no dia de ontem, depois de muita cobrança nessa Casa, para convidá-la a ir até a Secretaria de Estado da Saúde. Lá foi informada que a secretaria não poderia autorizar o tratamento porque ela não havia iniciado via serviço público. Ora, se a SES levou 94 dias para negar a liberação do remédio, imagine para iniciar o tratamento”, lamenta.

“Me causa indignação assistir à cenas como essa. Vemos diariamente pronunciamentos nessa Casa falando sobre o caos da saúde pública e me entristece ver uma resposta negativa 94 dias depois e ainda pra dizer que não pode ser feito porque essa senhora iniciou o tratamento custeando as despesas; após fazer uma cota com amigos para não perder a visão. Eu quero mais uma vez deixar aqui o meu repúdio a essa atitude e a falta de compromisso da atual estrutura e da estrutura anterior da Secretaria de Saúde”, finaliza.

Por Rede Alese