Crítica: Amor aos falsos heróis


- 10 de março de 2016 | - 6:10 - - Home » » » »

Desde os primórdios da história da humanidade, sempre nos vimos tentados a idealizar algo ou alguém acima de nós. Não, não falo aqui de religião, mas de pessoas que se aproveitam dessa inexplicável necessidade da nossa espécie para ascenderem popularmente em todas as eras, nas mais diversas formas de sociedade.

Faz algum tempo que não escrevo nesta coluna. Devido aos acontecimentos políticos recentes, me vi tentando a opinar sobre a situação que se agrava e nos fazem “peões” nesse imenso tabuleiro que chamamos de país. Está sendo muito interessante observar a que situações as pessoas podem se submeter em prol do que acreditam (ou que fingem acreditar) e a que nível de ferocidade podem chegar quando seus “heróis” são ameaçados.

Um exemplo muito bom desse tipo de subjugação é a Alemanha de Hitler, que se rendeu às profecias do ditador, por mais extremas que foram, a ponto de morrerem em sua defesa. Alguns outros tiranos com sede de poder como Stálin, Lênin e Che Guevara são, até hoje, considerados mártires por muitos que, mesmo com todas as provas, se negam a aceitar a verdadeira face desses que, um dia, aprenderam a adorar.

Basicamente, estamos vivendo o prólogo de um conflito político-ideológico que se estende por todas as categorias da vida civil e instituições. Digo isso pois é evidente a disposição de vários grupos em batalhar e, inclusive, passar por cima dos poderes a que concerne ao Estado do Brasil em intercessão dos seus “santos”, idolatrados por tantos e odiados por outros tantos.

Em meio à crise dos mais variados setores do agrupamento social não seria mais pertinente lutar pelo bem-estar da nação ao invés do de líderes controversos? Por qual motivo aqueles que tanto se orgulham em lutar pelo democracia estão dispostos a pô-la em risco por motivos tão mesquinhos?

Apesar da evidente crítica a um determinado fato, faço essas palavras universais, destinadas a todos aqueles que percebem ou não esta situação que cada vez mais se agrava. Vale a pena lembrar que a maior parte dos conflitos que dizimaram tantas almas partem do mesmo pressuposto: o orgulho ferido daqueles com poder de manipulação de grandes massas, mais conhecidos como pseudo-heróis.


Obs.: ressalto que esse artigo é opinativo, de responsabilidade do que escreve esta coluna.

Por: Franklin William
Gloriense, estudante de Direito, iniciado à arte da escrita e estudioso de assuntos ligados à esfera política e filosofia.
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